lunes, 14 de noviembre de 2016

Introdução à arqueologia bíblica - Monografias.com

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Introdução à arqueologia bíblica (página 2)

Partes: 1, 2, 3

ASSÍRIA

A arquitetura assíria também era bastante desenvolvida, mas não se comparava com a egípcia. Os seus templos e palácios eram construídos de tijolos, por ser escassa a pedra na região.

PERSIA

A arte em geral na Pérsia recebeu a influência de vários povos como assírios, hititas, babilônios e egípcios. As duas principais construções foram os palácios de Pasárgada e o palácio de Dario em Persépolis.

GRECIA A Grécia possuía três estilos de construções: o dórico, o jônico e o coríntio. Este último originado da cidade de Corinto e era o estilo mais recente.

ROMA

Os romanos receberam a influência dos gregos e etruscos que eram bons arquitetos. Destes, os romanos herdaram o ARCO que possibilitava cobrir um espaço mais amplo e construir esgotos e pontes. As principais construções dos romanos eram:

Os teatros: onde se representava drama etc. Os anfiteatros: onde se via lutas de gladiadores. Os circos: onde se disputava corridas de bigas (carros). As basílicas: onde se realizavam sessões jurídicas. Os arcos de triunfo: monumentos para comemorar vitórias.

BIZÃNCIO

O Império Bizantino desenvolveu enormemente a arquitetura influenciando posteriormente o mundo ocidental e o mundo oriental. Como exemplo temos nos dias de hoje a Basílica de São Pedro em Roma e o capitólio em Washington.

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MUÇULMANO O termo mulçumano além de se referir a uma religião também é um povo e uma cultura distinta. A arquitetura mulçumana é voltada para as mesquitas que são decoradas com "arabescos" e figuras geométricas. As inscrições nos templos e palácios assemelham-se às flores imaginárias.

BARROCO O barroco é um estilo mais recente e que no Brasil pode ser visto em varias cidades pequenas, principalmente em Olinda. No final do século XX já vemos um estilo diferente que emprega estruturas metálicas e o uso mais frequente dos vidros multicores, fumê, alumínio etc.

2 - FILOLOGIA

A filologia é o estudo das línguas e da literatura como instrumentos de manifestações culturais. Neste nosso estudo de Arqueologia Bíblica abordaremos somente sobre os livros antigos que de alguma forma estão relacionados com os acontecimentos descritos na Bíblia, e sobre a formação das línguas antigas.

A - ESCRITA

Os primeiros índicos da escrita apareceram em Canaã, Egito e na Mesopotâmia o que esta plenamente de acordo com as Escrituras Sagradas que indica a região do crescente fértil como o lugar onde se originou a humanidade. O Jardim do Éden estava onde hoje é o mesmo local onde se localiza o Oriente Médio. Os antigos documentos eram registrados nos seguintes materiais:

PEDRAS E BARROS

Existe uma ciência a parte da arqueologia chamada EPIGRAFIA que estuda as escritas em materiais pesados. Existem ainda hoje cartas escritas em Canaã enviadas para o Egito datado de uma época anterior a Abraão. Entretanto são cartas pesando alguns quilos. Mas o que se tinha para ler dava na metade de uma folha de caderno. A escrita no barro seguia o processo de escrever em argila mole e depois levada ao forno, só após resfriar é que a carta estava pronta.

Centenas de estátuas traziam inscrições no pedestal. Nos templos e palácios também se faziam inscrições. Hoje, nós devemos dar graças a Deus por todo este trabalho que os nossos antepassados tiveram em escrever em pedras, pois se fossem escritas nas míseras folhas de papel do mundo moderno com certeza não sobraria uma para CONTAR HISTÓRIA.

PAPIROS O papiro é o ancestral mais próximo do papel, inclusive na semelhança das palavras. O papiro era uma planta que antigamente nascia em abundancia nas proximidades do rio Nilo enraizando-se no lodo do rio. A planta chamava-se junco, sendo citada na Bíblia em Êxodo 2.3; Jó 8.11; Isaías 18.2.

Monografias.com PERGAMINHO O pergaminho era feito de pele de ovelhas ou cabritos, após ser retirada a pele do animal, era mergulhada em solução de cal para remover os pelos, depois limpava-se com faca, em seguida lavava-se e punham à secar, posteriormente era estendida e polida.

O pergaminho foi introduzido no mundo da escrita devido à escassez do papiro (Heródoto 5.58) e a princípio vinha da cidade de Pérgamo e era chamada de CHARTAE PERGAMENAE, e do nome da cidade se derivou o nome pergaminho.

Com o passar do tempo os judeus passaram a usar o pergaminho para os manuscritos dos livros sagrados. Se alguém quiser ver algum manuscrito só basta ir a alguma sinagoga (se tiver uma em sua cidade) e até os dias de hoje os judeus fazem o Torá (Cinco livros de Moisés) em pergaminho.

Os pergaminhos também possuem uma capacidade de durabilidade bastante significativa. Foram encontrados muitos desses em potes debaixo de escombros.

B - LITERATURA

Citaremos uma lista de literatura antiga de diversos ramos e os respectivos escritores e a sua nacionalidade.

FILOSOFIA Ptahhotep: "Máximas da ptahhotep (egípcios)"

Tales de Mileto: (640 a 548) é o mais antigo dos filósofos (gregos).

Sócrates: (470 a 399) sua doutrina chegou ate nós por intermédios dos discípulos.

Platão (426 a 347) escreveu: "Apologia", "A República", "Banquete" e etc. (grego).

Aristóteles (384 a 322 a. C) escreveu "Lógica", "Física", "Metafísica", "Retórica" e "Moral" (grego).

Sêneca (4 a 65 d.C.) escreveu Cartas a Lucílio (Era romano).

Epíteto (século I d.C.) sua ideias foram condensadas no Manual de Epíteto (romano). LITERATURA SOBRE RELIGIAO

Amenófis IV, escreveu "Hino ao Sol"(Egito).

Talmud – Surgiu depois do cativeiro. É na verdade uma coleção de tradições rabínicas (Israel).

Gilgamesh – escreveu a Epopéia de Gilgamesh (Assíria).

LITERATURA DE DIREITO

Hamurabi – É uma mescla de leis sumerianas e de tradições semitas contendo 282 leis. Chama-se "Código de Hamurabi"

Sálvio Juliano – Autor do "Édito Perpétuo" (Romano).

Gaio – Autor de "Instituições" (Romano).

LITERATURA DE HISTÓRIA

Heródoto (484 a 425 a.C.) – Autor de Exposições de Pesquisas (Grego).

Xenofonte (430 a 255 a.C.) – Entre as suas várias obras está: "Ciropédia" e "Tratado de Caça" (grego)

Tucídides (460 a 396 a.C.) – Escreveu "História da Guerra do Peloponeso"

César (104 a 44 a.C.) Escreveu "Guerras da Sicília" (romano).

Salústio (86 a 34 a.C.) Autor de "Conjuração da Catarina" e "Vida de Jugurta" (romano).

Tito Lívio (59 a 17 a.C.) – Escreveu "História de Roma" (romano).

Tácito (55 a 120 d.C.) Autor de "Germânia", e "Anais" entre outros escritos. Neste último Tácito cita que Jesus foi morto sob Pôncio Pilatos.

Seutônio (69 a 141 d.C.) Autor de "A vida dos doze Césares".

Plínio, o jovem (62 a 113 d. C.) Autor de "As cartas".

Plutarco (45 a 125 d. C.) Nascido na Grécia sob o domínio romano, escreveu "Vidas Paralelas".

LITERATURA DE MEDICINA

Hipócrates de Cós (460 a 377 a.C.) Escreveu "Tratado dos Ares", "Lugares", "Das águas" e "Aforismos"

Empédocles (século V a.C.) Grécia.

Acmeón (século VI a.C.) Grécia.

Rhazes, Averróis e Avicena – Todos árabes.

LITERATURA DE POESIA LÍRICA

Píndaro (521 a 441 a.C.) escreveu "Olimpíadas", "Píticas", "Istímicas" e Neméias (Grego).

Safo (século VII a.C.) Rival de Alceu (grego).

Alceu (630 a 560 a.C.) Deixou canções (Grego).

Anacreonte (560 a 478 a.C.) "Anacreônticas" (grego).

Lívio Andrônico (século III a.C.) foi um dos primeiros poetas épico de Roma (romano).

LITERATURA DE POESIA ÉPICA E OUTRAS

Homero (século IX a.C.) Autor de "Ilíada e Odisséia" (grego).

Hesíodo (século VIII) Escreveu "Os trabalhos e os dias", "Teogonia" e o "Escudo de Hércules" (grego).

Lucrécio (96 a 53 a.C.) Em seus poemas tratou sobre os átomos. Escreveu: "Da natureza das Coisas" (romano).

Virgílio (71 a 19 a. C.) Autor de Eneida", "Bucólicas" e "Georgicas" (romano).

Catuto (87 a 54 a.C.) Autor de "As bodas de Tétis e Peleu" (romano).

Horácio (65 a 8 d.C.) Autor de "Odes", "Sátiras" e "Epístolas" (romano).

Propércio (50 a 15 a.C.) Escreveu "Elegias" (romano).

Ovídio (43 a 104 d.C.) Autor de "A arte de Amar" e "Metamorfose" (romano).

Marcial (40 a 104 d.C.) "Epigramas" (romano).

LITERATURA DE POESIA SATÍRICA

Homero Juvenal (50 a 130 a.C.) "Sátiras" (romano).

3 – GRAVURAS

As gravuras ou os relevos também são importantes para a reconstituição da historia. Povos primitivos faziam em cavernas desenhos grotescos, os egípcios marcaram seu estilo de desenho por mostrarem sempre as pessoas de perfis, enfim, cada povo e cada época teve um estilo de escultura que auxilia-nos a conhecer melhor os fatos ocorridos na antiguidade.

Certos povos não desenvolveram muito as artes, por motivos religiosos é o caso dos judeus e árabes. Deus mesmo proibia certas representações de escultura, pois visava manter o povo longe da prática da idolatria (Êxodo 20.4; Números 33.52; Isaias 41.29), e para isto o Senhor ordenou expressamente a destruição das imagens que os demais povos faziam. Sem dúvida, é melhor desfazermos de certas "obras de artes" do que pecarmos seduzidos pelos ídolos do povo. Mas Deus não foi contra a arte, e sim contra o uso indevido dela para fins idolátricos. Algumas vezes Deus ordenou a fabricação de certas esculturas, mas para um propósito definido e não para as pessoas se prostrarem diante delas e orarem (Números 21.4-9; Êxodo 25.17-22).

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Obelisco negro de Salmanasar III descoberto em 1845 pela equipe do arqueólogo britânico Henry Layard. Na gravura, em duzentas linhas está registrado que o rei de Israel, Jeú está oferecendo tributo a Salmanasar. (II Reis 10.36)

A – RELEVO

O relevo é uma obra de escultura ou gravura que ressalta da superfície natural. Os assírios, egípcios, e babilônios nos legaram muitos registros históricos através dos relevos que foram encontrados nos seus palácios e templos. O relevo como arte é inferior à escultura já que este último torneia toda a massa do objeto esculpido, enquanto o relevo só torneia a região frontal.

B – BUSTO

Entre os povos mais antigos não era comum produzir bustos, e na verdade nem sequer era possível achar algumas delas nos sítios arqueológicos. Entretanto foram os gregos e romanos os mestres na arte de esculpir BUSTOS. Uma diferença que se pode notar entre os bustos e as esculturas é que estas últimas, muitas vezes representavam os seus deuses enquanto os bustos eram dedicados aos seus grandes líderes e heróis.

C – ESTÁTUA

Assim como a arquitetura, a escultura era feita de materiais resistentes (em geral pedras), o que possibilitou que tais obras artísticas pudessem chegar até os nossos dias. Examinando uma estátua nós conhecemos o grau de evolução artística de determinado povo, além de compreender suas crenças e os hábitos de vestimentas e até saber sobre as práticas belicosas (vendo o tipo de armas que eles empregavam). Historicamente o relevo é mais importante do que as estátuas, pois nos relevos podiam ser retratados não somente as pessoas como também o ambiente da época.

D - GRAVURAS NAS CAVERNAS

Estamos plenamente convictos por razões religiosas e também científicas que o homem não é produto de uma evolução biológica, na verdade cientistas tendenciosos é que se interessam em provar esta TEORIA. 50% dos seres humanos desenham pior do que as gravuras encontradas nas cavernas, portanto querer relacionar tais figuras com seres pré-históricos e como prova da evolução é bobagem.

4 – GEOGRAFIA

Uma ciência por demais importante é a geografia, pois quando determinado documento antigo cita um rio, um mar, uma cidade, um monte ou qualquer ponto geográfico, fica mais fácil localizar onde ocorreram determinados fatos históricos. Assim é que determinados acontecimentos ficam para sempre marcados em nossa memória relacionada com um ponto geográfico. Por exemplo, na historia do Brasil: as margens do rio Ipiranga Dom Pedro I proclamou a independência do Brasil.

As mudanças políticas foram muitas na historia, mas as mudanças geográficas foram bem menores assim é que facilita localizamos os rios citados na Bíblia como os rios Jordão, Nilo, Eufrates o mar da Galileia o mar Morto o mar Vermelho o mar Mediterrâneo. Os montes: das Oliveiras, Sinai, Hebrom. As cidades de Jerusalém, Roma, Atenas etc.

A - TERRENO

Um fator que muito contribuiu para que pudéssemos recuperar muitos dos materiais arqueológicos foi sem duvidas o tipo do terreno. Principalmente o fato do clima seco daquela região foi fundamental para que pudessem ser preservados vários documentos e objetos. Se a historia antiga tivesse se desenvolvido, por exemplo: na região amazônica, dificilmente teríamos hoje tantos achados arqueológicos, pois como o índice de chuvas são abundantes nesta região certamente todo material se perderia devido à umidade.

B- ESTRATO

Chama-se estrato as camadas de terra que os arqueólogos cortam como fatias. Cada estrato representa um período de tempo que vai se contando do presente recente ao passado distante. Como exemplo vamos citar o trabalho de Clarence"s Fischer que em 1925 escavou um sítio em Israel. A colina foi cortada centímetro por centímetro e caleidoscópicamente os séculos foram vindos à tona. Vejam o que foi resgatado nos quatro estratos retirados:

ESTRATO I: continham ruínas do domínio persa e babilônio. (século VI a.C.) ESTRATO II: submergiu as ruínas da época do domínio assírio. (século VIII a.C.) ESTRATO III: aparecem evidências do reino independente dos judeus. (século IX) ESTRATO IV: foram acrescentadas as descobertas dos reinados de Salomão e Davi (século X)

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5 - MINERALOGIA

A MINERALOGIA também é usada como base para os trabalhos da Arqueologia. Pois é dos minerais que se produziram as ferramentas, brasões e moedas cunhadas.

6 – NUMISMÁTICA

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A arqueologia pesquisa as moedas dos tempos antigos com a finalidade de encontrar a transmissão cultural passada por meio das figuras gravadas nas moedas. É inegável que por uma moeda, que é um símbolo nacional, podemos ter algum conhecimento da cultura deste povo. Por exemplo: se daqui a alguns séculos nossa civilização desaparecesse e só sobrasse um catálogo das moedas nacionais, os arqueólogos do futuro entenderiam em parte como foi nossa economia e outros elementos culturais estampados nas notas. Ainda está relacionada a esta ciência a HERÁLDICA que estuda os brasões da nobreza, os estudos das insígnias e a SIGILOGRAFIA ciência que estuda os selos.

7 - PALEONTOLOGIA

Compete aos paleontólogos examinarem os fósseis dos animais e dos homens. O valor desta pesquisa é que se pode saber como eram as características de certas raças humanas, como também dos animais extintos. Inclusive, após apurada investigação, pode-se até mesmo afirmar de que maneira morreram, ossos quebrados podem indicar a morte por espancamento, enfim, cada detalhe pode esconder uma historia.

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8 - OUTROS MÉTODOS

Outra ciência que esta relacionada com a arqueologia é a diplomática. A diplomática é o estudo dos documentos oficiais, por meio destas cartas que um rei mandava para outros foram desvendados muitos dos mistérios da antiguidade, principalmente após serem traduzidos os hieróglifos e os escritos cuneiformes. As fotografias também auxiliam muito nas pesquisas, por exemplo, todas às vezes que se remove um estrato de terreno, todo ele é fotografado centímetro por centímetro, por que nunca mais poderá colocar cada poeira em seu devido lugar. O método do carbono 14 tem sido um auxílio fantástico na tarefa de datação de materiais que já tiveram vida como os pergaminhos, esqueletos, embarcações de madeira, papiros etc. Os instrumentos e os utensílios também são fundamentais para determinar o grau de tecnologia de cada povo. Resumindo: podemos dizer que cada detalhe é a chave para a arqueologia ressuscitar a historia
II – PERSONAGENS BÍBLICOS

Nesta parte do livro iremos analisar algumas descobertas arqueológicas relacionadas com alguns personagens bíblicos. A Bíblia registrou a história de muitos reis e reinos que tiveram grande projeção no passado e na construção da civilização moderna. Estas civilizações deixaram marcas e sinais que puderam ser captadas por estudiosos.

1 – ABRAAO

O estudo da vida de Abraão e a comprovação arqueológica da sua existência é sumamente importante para nossos dias haja vista que em Abraão repousa as promessas de Deus para os cristãos e humanamente falando as três maiores religiões do mundo estão assentadas na pedra Abraão.

"Harã morreu antes de seu pai Tera, na terra do seu nascimento, em UR DOS CALDEUS." (Gênesis 11.28).

"Depois da morte de Abraão, Deus abençoou Isaque, seu filho; e habitava Isaque junto a Beer-laai-Rói" (Gênesis 25.11).

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A – UR DOS CALDEUS

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A primeira dúvida que havia com respeito à história de Abraão era a cidade de Ur, qualquer pessoa intelectual dos séculos da pós-renascença duvidava da existência desta cidade até que as pedras mudas e documentos velhos começaram a falar!

Em 1850 o francês Champollion decifrou os hieróglifos e Rawlinson solucionou a interpretação da escrita cuneiforme, daí por diante a ciência chamada arqueologia começou sua majestosa ascensão para trazer aos homens a verdade sobre as suas origens.

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Em 1854 o cônsul inglês J. E. Taylor em missão pelo museu britânico de Londres iniciou as escavações na Mesopotâmia e muitas outras expedições foram organizadas, até que em 1923 uma expedição anglo-americana começou a trabalhar no TELL AL MUQAYYAR e após seis anos de pesquisas essa expedição de Wooley descobriu um recinto sagrado com os restos de cinco templos construídos pelo rei Ur-Nammu.

Esses templos possuíam fornos para cozer pão que, segundo o relatório de Woolley: "depois de 38 séculos podiam acender novamente o fogo ali".

As investigações também constataram que ainda não se conhecia a moeda cunhada, porém, UR foi uma das cidades com as casas mais confortáveis do mundo antigo, a maioria das casas possuíam dois andares e tinham de 13 a 14 cômodos!

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Wooley escreveu sobre a UR de Abraão: "Vendo em que ambiente requintado passou (Abraão) a juventude, devemos modificar nossa concepção dos patriarcas hebreus. Abraão foi cidadão de uma grande cidade e herdou a tradição de uma civilização antiga e altamente organizada".

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B – HARA

A Bíblia afirma que Abraão e sua família saíram de Ur e foram morar em Harã. (Gênesis 11.31). Essa cidade chamada Harã era até pouco tempo desconhecida e não havia nenhum documento antigo que comprovasse a sua existência, mas em 14 de dezembro de 1933 iniciou-se as escavações no "TELL HARIRI" e já em 23 de janeiro de 1934 foi retirado dos escombros uma estátua com um texto gravado no ombro direito, a frase em escrita cuneiforme foi traduzida pelo professor Parrot e dizia: "Eu sou Lamei-Mari, rei de Mari." Essa cidade chamada Mari, era capital do reino que tinha o mesmo nome, cujos arquivos resgatados afirmavam que a cidade de Harã e Naor eram cidades prósperas, isto pelos anos de 1900 a.C., só para se ter uma ideia do número de informações que nos chegaram graças as escavações arqueológicas em busca da cidade de Harã foram descobertas 23.600 documentos escritos em tabuinhas com inscrições cuneiformes e uma imensa fila de caminhões se formou para transportá-las.

Essa cidade de Mari era o centro cultural na época de Abraão, e certamente influenciou muito na vida do patriarca, inclusive várias inscrições da Babilônia e Assíria declaram que Mari foi à décima cidade a ser fundada depois do dilúvio. Abraão já velho mandou seu servo Eliezer trazer uma mulher do reino de Mari, mais propriamente da cidade de Naor (Gênesis 24.10). Entre os nomes comuns no reino de Mari, um nome é muito conhecido de nós: "Abrão." Mesmo que não se refira ao Abraão bíblico, isso vem comprovar que este nome era comum e liga o personagem bíblico com aquelas terras.

C – PRAXES JURÍDICAS

Manuscritos antigos revelam quais eram os preceitos legais na época de Abraão, esses manuscritos datados de uma época entre 2000 a 1500 a.C. que foram recuperados das cidades hurritas de Mitanni, e nos esclarecem várias passagens bíblicas.

1 DEPOIS destas coisas veio a palavra do Javé a Abrão em visão, dizendo: Não temas, Abrão, eu sou o teu escudo, o teu grandíssimo galardão. 2 Então disse Abrão: Senhor DEUS, que me hás de dar, pois ando sem filhos, e o mordomo da minha casa é o damasceno Eliézer? 3 Disse mais Abrão: Eis que não me tens dado filhos, e eis que um nascido na minha casa será o meu herdeiro. 4 E eis que veio a palavra de Javé a ele dizendo: Este não será o teu herdeiro; mas aquele que de tuas entranhas sair, este será o teu herdeiro. (Gênesis 15.1-4)

Abraão queixa-se diante de Deus dizendo que não tendo um filho, sua herança seria do seu mordomo Eliezer. As tabuinhas de Nuzi revelam que era praxe um casal sem filhos adotarem um mordomo que cuidava do casal de velho e em compensação se tornava herdeiro.

1 ORA Sarai, mulher de Abrão, não lhe dava filhos, e ele tinha uma serva egípcia, cujo nome era Agar. 2 E disse Sarai a Abrão: Eis que Javé me tem impedido de dar à luz; toma, pois, a minha serva; porventura terei filhos dela. E ouviu Abrão a voz de Sarai. 3 Assim tomou Sarai, mulher de Abrão, a Agar egípcia, sua serva, e deu-a por mulher a Abrão seu marido, ao fim de dez anos que Abrão habitara na terra de Canaã. (Gênesis 16.1-3)

Sara vendo-se na impossibilidade de gerar um filho a Abraão ofereceu sua escrava Agar para que por meio dela fosse-lhe concedido um filho. Nos costumes praticados na Mesopotâmia eram corriqueiros os casos matrimoniais em que a esposa não gerando descendentes, ela se via obrigada a providenciar uma "mulher substituta".

19 E havendo Labão ido a tosquiar as suas ovelhas, furtou Raquel os ídolos que seu pai tinha. (Gênesis 31.19)

Raquel furtou os terafins do seu pai Labão, este mostrou-se desesperado em recuperá-los. Mais uma vez as tabuinhas de Nuzi nos esclarecem que, quem tivesse de posse dos terafins da família se tornava o legítimo herdeiro da casa. Portanto, não resta dúvida que o pano de fundo cultural da vida dos patriarcas está comprovado pelas descobertas arqueológicas.

D – ABRAAO EM CANAA

Saindo de Harã (situada onde hoje está a Turquia), Abraão chegou a Canaã que fica ao sul da Mesopotâmia e ao norte do Egito. Aquela faixa de terra tinha várias tribos e na Bíblia, os cabeças dessas tribos eram chamados de reis. Os arqueólogos e historiadores concordam que em questão de poder e independência, esses termos são bem apropriados. São tantas as provas arqueológicas da veracidade do mundo que a Bíblia apresenta na época de Abraão que um famoso arqueólogo disse: "Se alguém quisesse escrever a história da construção de cidades e fortalezas de Canaã, não teria grande dificuldade em fazê-lo, dada a abundância de material existente até o terceiro milênio antes de Cristo."

Em 1920 veio à tona algumas estátuas com inscrições que alarmaram os cientistas, pois tais materiais datados de 1900 a.C. já confirmava a existência de cidades caanitas tais como: Jerusalém, ou a antiga Salém (Gênesis 19.29), Hazor (Josué 11.1), Bete-Semés (Josué 15.10), Afeca (Josué 12.18), Acsafe (Josué 11.1) e Siquém (Gênesis 12.6). Essa terra em que Abraão foi habitar chamada Canaã significa "terra de púrpura", pois desde os tempos mais primitivos, seus habitantes extraiam de um caracol do mar (do gênero Murex) a tinta mais famosa do mundo antigo – A púrpura. Ela era tão rara e difícil de extrair que somente as pessoas da alta sociedade podiam ter vestes tingidas de púrpura. A palavra "Fenícia" significa no seu idioma fenício: "púrpura". Mas foram os romanos que chamaram Canaã de palestina, nome cuja origem está relacionada à palavra "paleshtim", termo usado no Antigo Testamento aos filisteus. Também foi nesta região que Abraão utilizou da estrada mais importante para o comércio do mundo antigo; ela ligava a Mesopotâmia a Canaã, e de Canaã ao Egito. Até hoje de avião pode ser visto um sulco na terra de Israel que identifica a estrada mais antiga do mundo a famosa "estrada real".

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Porta de Abraão, descoberta em 1979 no monte hebrom, está construção de tijolo é de 1750 a. C., provavelmente Abraão passou por esta porta após libertar Ló de Sodoma.

Um episódio interessante na vida de Abraão é a separação do patriarca do seu sobrinho Ló. Em Gênesis 13.7-12 diz:

7 E houve contenda entre os pastores do gado de Abrão e os pastores do gado de Ló; e os cananeus e os perizeus habitavam então na terra. 8 E disse Abrão a Ló: Ora, não haja contenda entre mim e ti, e entre os meus pastores e os teus pastores, porque somos irmãos. 9 Não está toda a terra diante de ti? Eia, pois, aparta-te de mim; e se escolheres a esquerda, irei para a direita; e se a direita escolheres, eu irei para a esquerda. 10 E levantou Ló os seus olhos, e viu toda a campina do Jordão, que era toda bem regada, antes do Javé ter destruído Sodoma e Gomorra, e era como o jardim do Javé, como a terra do Egito, quando se entra em Zoar. 11 Então Ló escolheu para si toda a campina do Jordão, e partiu Ló para o oriente, e apartaram-se um do outro. 12 Habitou Abrão na terra de Canaã e Ló habitou nas cidades da campina, e armou as suas tendas até Sodoma (Gênesis 13.7-12)

Abraão chamou amigavelmente a Ló para terem uma conversa séria, pois estava para estourar um confronto entre os pastores de Abraão e Ló. Qual era o motivo da contenda? Arqueólogos, historiadores e teólogos são unanimes em afirmar que o número de poços de água era insuficiente para manter os grandes rebanhos de Abraão e Ló, além do que, dava muito trabalho vigiar os rebanhos para não se misturarem um com os outros. O que mais impressiona na pessoa de Abraão era a sua sabedoria. Abraão sabia que apesar das campinas terem um solo melhor, também possuíam riscos muito grande devido as batalhas constantes entre as tribos e dos perigos de assaltantes nômades. O outro lado, apesar de ser montanhosa era muito mais seguro do que os campos abertos. Abraão deixou a escolha ao sobrinho para não dar uma de espertalhão. Ló imprudentemente se deixou enganar pelos encantos da terra. Abraão não se achou prejudicado e desejou felicidade ao sobrinho e aceitou pacificamente sua porção. Comentando sobre as pastagens de gado de Abraão Werner Keller diz:

"Por mais que os férteis vales da planície o tentassem constantemente, Abraão preferiu sempre o caminho da montanha. Pois, os arcos e fundas de sua gente não estaria à altura de se medir com os cananeus armados de espada e lanças. Assim, Abraão não se atrevia a deixar as montanhas."

As consequências da escolha de Ló resultaram-se catastrófica, pois em uma guerra entre aqueles povos "também tomaram a Ló". (Gênesis 14.12)

2 - ASSURBANIPAL

O rei Assurbanipal figura poucas vezes na Bíblia, porém, ele foi um dos maiores reis da Assíria. O mundo moderno deve a Assurbanipal, uma biblioteca a qual ele mandou copistas transcreverem muitas das literaturas que havia em sua época para o seu idioma e que a arqueologia descobriu. Posteriormente, os assiriólogos traduziram para as línguas modernas. Essas descobertas tem um aspecto todo especial, elas nos deram mais confirmações da veracidade das Escrituras.

10 E os outros povos, que o grande e afamado Asnapar [Assurbanipal] transportou, e que fez habitar na cidade de Samaria, e nas demais províncias dalém do rio. (Esdras 4.10)

O império da Assíria teve grandes reis, porém, o período de expansão e glória do povo assírio foi relativamente curto (ver cronologia do Antigo Testamento) iniciou-se com o apogeu de Tiglate-Pileser III (744 a 727 a.C.) e terminou sua grandeza após Assurbanipal (669 a 629 a.C.). Este rei tinha hábitos afeminados e por isso os gregos o apelidaram de "Sardanapalo". Desnecessário falar das crueldades do povo assírio. Os assírios eram os guerreiros mais bárbaros da história; Quando capturavam os inimigos eles os cegavam, além de outras atrocidades. Não foi por medo que Jonas não quis pregar para os ninivitas (Nínive era a capital da Assíria), mas por ódio, pois certamente Jonas deve ter visto muitas famílias destruídas dentre os da nação de Israel, que haviam sido deportados para a Assíria, tal era o ódio do profeta contra os assírios que ele preferiu que o jogassem no mar a tomar a decisão de ir pregar arrependimento aos ninivitas. Contudo, Assurbanipal possuía outros comportamentos além do hábito de guerrear. Ele divertia-se com caçadas. Textos cuneiformes enumeram os troféus de Assurbanipal: "Trinta elefantes, duzentos e cinquenta e sete animais selvagens e trezentos e setenta leões". Entretanto, foi à literatura e o hábito de coleciona-las que deu a Assurbanipal grande destaque nos meios científicos e teológicos. "Assurbanipal mandou copiar as obras literárias da literatura acádia às quais pertence à epopeia Babilônica da criação do mundo; mandou compilar dicionários e gramáticas das diferentes línguas faladas no seu gigantesco império. A biblioteca de Nínive fundada por ele era a maior e mais importante do antigo Oriente."

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Em 663 a.C. Assurbanipal fez sua investida bélica contra a cidade de No-Amon, capital do Alto-Egito, a famosa cidade de cem portas, nos dizeres de Homero, e chamada pelos gregos de Tebas (Naum 3.8). O ataque de Assurbanipal em Tebas foi fatal para o Egito que deixou de ser uma potência mundial. Nos achados arqueológicos se encontrou a descrição do saque a Tebas. Nas palavras do próprio Assurbanipal: "Conquistei toda a cidade, tomei prata, ouro, pedras preciosas, todas as riquezas do seu palácio, vestes magníficas, linhos, cavalos maravilhosos, escravos, escravas, dois obeliscos. Tirei dos seus lugares as portas do templo e trouxe-as para a Assíria. Trouxe comigo de Tebas uma presa enorme, de valor inestimável." Em 626 Assurbanipal morre e com ele a Assíria, cuja capital foi tomada pelos babilônios em 612 a.C.

3 – ARQUELAU

Arquelau fazia parte de uma família de vários governadores do Oriente Médio que exerceram seus mandatos em épocas antes e depois de Cristo, num espaço de 80 anos. Seu pai foi o famoso Herodes, o Grande descrito em Mateus 2.1-15. Ele tinha outro irmão chamado Herodes, o Tetrarca, que mandou matar João Batista conforme Mateus 14.1-12. Outro parente seu foi Herodes Agripa I que mandou matar Tiago à espada (Atos 12.1-2), que mandou prender o apóstolo Pedro (Atos 12.3-19), e morreu ferido por um anjo e comido por bichos (Atos 12.20-23). Herodes Agripa II era filho de Agripa e bisneto de Herodes, o Grande. Agripa II ouviu uma bela pregação de Paulo (Atos 25.13-26).

22 E, ouvindo que Arquelau reinava na Judéia em lugar de Herodes, seu pai, receou ir para lá; mas avisado em sonhos, por divina revelação, foi para as partes da Galiléia. (Mateus 2.22)

Devemos ao historiador judeu Flavius Josefus, que viveu no primeiro século da era cristã as explicações minuciosas do desenrolar político na Judéia e até todo o império romano que por aquela ocasião dominava boa parte da Europa, Ásia, e África, ou seja, quase todo o mundo antigo. Em seus livros: "Antiguidades" e "Guerras judaicas", Flavius Josefus descreve a crueldade e tirania de Herodes, o Grande, e também descreve os dias de angustias, desesperos e revoluções armadas que ocorreram por ocasião da subida de Arquelau ao trono da Judéia.

Certo dia quando o povo fazia protesto contra o falecido Herodes, pai de Arquelau, este monstro mandou as tropas de legiões romanas chacinarem o povo em plena praça e três mil pessoas foram assassinadas em um só dia. O pátio do templo em Jerusalém ficou forrado de cadáveres. Ele era tão odiado pelos judeus que enquanto Arquelau ficava em conflito de direito e sucessão com seu irmão Herodes Antipas, os judeus mandaram 50 anciões como embaixadores a Roma para solicitar o fim do domínio dos herodianos.

Nesses dias estourou a maior rebelião dos judeus contra o domínio romano. Houve choques sangrentos, legiões de soldados romanos foram apedrejadas. O próprio procurador de Augusto viu-se obrigado a se entrincheirar apressadamente no palácio. A rebelião foi contida quando um poderoso exército romano, reforçado por tropas de Beirute e Arábia foram destacadas para conter a rebelião. Dois mil revoltosos foram condenados à morte por crucificação. Não foi por qualquer motivo que Josefus procurou se afastar daquelas bandas.

Arquelau, cujo nome significa "chefe" tinha como mãe uma samaritana, e quando menor foi educado em Roma. Governou do ano 4 a.C. até o ano 13 d.C. Finalmente, novos embaixadores de Israel conseguiram junto ao imperador romano a ordem de tirá-lo do governo. Arquelau foi deposto e banido para Viena na Gália, e confiscado todos os seus bens. (Guerras Judaicas 2.7).

4 - CIRO

Leitura Bíblica: Isaias 44.21-25; 45.1-4; Daniel 10.1; II Crônicas 36.22-23; Esdras 1.1-11.

Ciro foi uma personalidade do mundo antigo que mais encantou o historiador grego Heródoto. Testemunhos de todas as partes confirmaram sua existência histórica. Ciro, mesmo antes de nascer, teve o seu futuro predestinado por Deus para libertar o povo judeu que fora deportado para a Babilônia. Deus em sua sabedoria também determinou que por ordem de Ciro o templo dos judeus e a própria cidade de Jerusalém seria reconstruída (Isaías 44.28).

O interessante foi que sua mãe antes de casar teve um sonho: "dela sairia uma torrente de água tal que não só encheu a capital como inundou a Ásia inteira." (Heródoto). Quando Mandana, futura mãe de Ciro, estava grávida, o rei Astíages, pai de Mandana, teve um sonho em que viu: "Uma videira nascia do ventre da sua filha e que essa videira cobria toda a Ásia."

Quando Ciro nasceu, o avô mandou um soldado leva-lo ao campo e matá-lo, este, com pena da criança, o deu a um pastor de ovelhas para executar a criança, mas este também não cumpriu a ordem. Quando Ciro cresceu, ele mesmo conquistou o trono do rei Astíages, que era o seu avô!

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Ciro começou suas campanhas de conquistas militares. Como Persa ele havia conquistado a Média, e agora viria pela frente a Lídia, Ásia Menor, Esparta e a gloriosa Babilônia. Os historiadores concordam que Ciro foi um grande homem que não teve a história manchada com violência brutal, pois essas coisas eram comuns aos déspotas cruéis e que foram absolutamente estranhas para Ciro. Ele era astuto e compreensivo o que lhe garantiu o apreço e respeito até dos povos conquistados.

A maior conquista de Ciro foi a Babilônia. Pelo que a Bíblia registra não houve um cerco de vários meses, nem batalhas sangrentas, mas que a cidade mais fortificada do mundo antigo caiu em apenas uma noite sem oferecer quase nenhuma resistência. Um sacerdote pagão chamado Borosus narrou assim a conquista de Ciro sobre a Babilônia:

"No ano 17 de Nabonidor, Ciro veio da Pérsia com um grande exército, e tendo conquistado todo o resto da Ásia chegou apressadamente a Babilônia. Assim que Nabonidor percebeu que ele vinha ataca-lo, pôs-se em fuga com os seus cortesãos, encerrando-se na cidade de Borsipa. Neste tempo, Ciro tomou a Babilônia e ordenou que os muros externos fossem demolidos por serem causas de grandes dificuldades para tomada da cidade. Em seguida marchou para Borsipa para cercar a Nabonidor, porém, Nabonidor se entregou em suas mãos. Ciro o tratou benignamente, exilou-lhe da Babilônia e deu-lhe habitação na Carmânia, onde passou o resto da sua vida até a morte." (Contra Apiom 1.20).

No livro de Daniel capítulo 5 diz que Belsazar era rei, mas por direito a sucessão ao trono, quem de fato reinava era o seu pai, Nabonidor. Por isso ele ofereceu o terceiro lugar do reino ao profeta Daniel. (Daniel 5.29).

Heródoto escreveu com detalhes a invasão dos Persas e Medos na Babilônia, segundo Heródoto, Ciro mandou desviar o curso do rio Eufrates que passava por dentro da grande cidade da Babilônia, portanto, no dia em que todos estavam em festa, bebendo e despreocupados, Ciro abriu as comportas d"água, desviando alguns quilômetros da cidade o curso do rio, e no lugar onde passava o rio havia agora um vão por onde eles entraram na cidade.

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A política de tolerância religiosa fez de Ciro um salvador terreno para os judeus, mesmo não sendo Ciro um filho de Deus, pois Isaías diz: "Ainda que (Ciro) não me conheças (Isaías 45.4)." Foi ele quem autorizou a volta dos judeus para Israel. Ele mesmo escreveu em um cilindro babilônio: "Quando entrei pacificamente na Babilônia libertei os habitantes da Babilônia do jugo que não lhes convinhas. Melhorei suas habitações arruinadas, livrei-os dos seus sofrimentos, eu sou Ciro, o rei da coletividade, o grande rei, o rei poderoso, rei da Babilônia, rei dos sumérios e dos acádios. Rei dos quatro canto do mundo, sim, o rei dos céus e da terra com os seus sinais favoráveis entregou em minhas mãos as quatro regiões do mundo. Restituí aos deuses, os seus santuários."

Os fatos narrados na Bíblia são idênticos aos narrados pelos historiadores seculares, portanto, não crer na Bíblia, equivale a negar a história da humanidade.

5 - DAVI

Davi além de rei era um extraordinário músico e não foi por acaso que as Escrituras Sagradas contêm entre os livros poéticos o mais famoso hinário da antiguidade: O LIVRO DE SALMOS. A maior parte é da autoria de Davi.

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A arqueologia também contribuiu na comprovação de autenticidade sobre o fenômeno musical que havia em Israel, muitas inscrições e relevos mostram como os instrumentos musicais eram abundantes em Canaã. O interessante na Bíblia é que ela não esconde os erros de seus heróis e isso nós vemos retratado no caso do rei Davi que cometeu um homicídio e um adultério e as Escrituras não omitiram esses fatos lamentáveis da vida de Davi.

Nem os mais ferrenhos críticos duvidam da autenticidade do personagem de grande vulto como Davi. Até o exigente critico Martim Noth admitiu:

"A tradição de Davi deve ser considerada histórica em sua maior parte."

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6 - EZEQUIAS

Leitura bíblica (II Reis capítulos 18 ao 20 )

Ezequias era um homem de grande visão, além das reformas espirituais que ele fez em Israel, o que lhe valeu o título de reformador espiritual de todos os reis (II Reis 18.5). Como político ele foi astuto e calculista o que favoreceu grandemente a nação de Judá, pois apesar de estar na lista negra da Assíria, vários vizinhos seus já haviam sucumbido ante o poder assírio.

Ezequias sempre conseguia manter alianças com outros inimigos de Assíria. Os espiões assírios haviam percebido o seu jogo e informado Sargão II detalhadamente sobre as negociações secretas de Ezequias com o país do Nilo. Depreende-se isso do texto de um fragmento prismático:

"A Filisteia, Judá, Edom e Moabe que mandaram e planejavam atos de inimizade, maldades sem conta [...] que, a fim de inimiza-la comigo, ao faraó, rei do Egito.[..] presentes para homenageá-lo e procurando induzi-lo a fazer parte de uma aliança [...]"

Ezequias também ficou conhecido através das Escrituras por causa da sua cura maravilhosa. Ele caiu doente (uma espécie de abscesso) e chegou a ser desenganado pelo profeta Isaias, porém, a Bíblia diz que ele orou a Deus e o Senhor ouvindo a oração de Ezequias ordenou que o profeta voltasse e falasse que ele iria viver, e mesmo sendo sua enfermidade aparentemente incurável, com uma simples pasta de figo Ezequias foi curado.

Em 1939 foi descoberto o fragmento de um livro na cidade marítima de Ugarat datado por volta de 1500 a. C. no qual havia instruções médicas até para curar cavalos com unguento de figo e passas. O nome desse remédio é chamado de "DEBELAH" e inclusive ainda hoje é usado por médicos suíços que receitam figos picados embebidos em leite.

Uma história de milhares de anos:

"Eis que reinará um rei com justiça, e dominará os príncipes segundo o juízo. E será aquele homem como um esconderijo contra o vento, e um refúgio contra a tempestade, como ribeiros de águas em lugares secos, e como a sombra de uma grande rocha em terra sedenta." (Isaías 32.1-2)

Acredita-se que o jarro abaixo, com um selo que representa um besouro de asas abertas, tenha pertencido ao rei Ezequias. (foto: Rui Schwantes)

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Ezequias foi um dos mais importantes monarcas de Judá. Ele governou a região na transição entre os séculos 8 e 7 a.C. e tinha 25 anos quando se tornou rei no lugar de Acaz, seu pai. Entre seus atos como rei destacaram-se a reabertura do templo de Salomão, fechado desde o governo anterior, a restauração da festa de Páscoa como feriado oficial no calendário judeu, o enfrentamento dos exércitos assírios e a implementação de uma série de reformas em Jerusalém, que culminaram na construção do túnel de Siloé.

Até então, tudo o que se sabia do túnel vinha do estudo das inscrições contidas em sua parede. A construção só teve sua idade determinada graças à combinação de duas técnicas de datação. A primeira é a análise do carbono, que consiste na queima de partes orgânicas encontradas junto a um objeto pedaços de planta ou ossos, por exemplo. O método permite saber o percentual aproximado desse elemento num organismo comparado com a época em que ele era vivo.

Isso só é possível porque, quando morremos, nosso corpo para de trocar carbono com o ambiente. O que, durante a vida, ocorre por meio da respiração. Com a morte, a quantidade de carbono diminui gradualmente em quantidade previsível. Assim, é possível estimar com boa dose de precisão a "idade" de um achado, desde que ele apresente resquícios orgânicos.

No caso em questão, a dificuldade dos arqueólogos, até aqui, era encontrar esses vestígios, já que o túnel estava revestido por uma camada grossa de reboco. O bloqueio só foi vencido com a perfuração da parede em diversos pontos, que permitiu encontrar fragmentos de planta em ótimo estado de conservação.

Esses fragmentos foram submetidos à datação de carbono e seus resultados confirmados com o auxílio da técnica de datação radiométrica, em que elementos radioativos como o tório e o urânio sensibilizam partes do material orgânico. As análises demonstraram que, pela quantidade de carbono remanescente, era possível afirmar que a planta e, portanto, o túnel era mesmo de, aproximadamente 700 anos a. C.

Outros métodos de datação muito adotados são a ESTRATIGRAFIA, determinação da idade de um local pela quantidade de camadas uma sobre a outra, supondo-se que cada uma delas tenha sido formada em uma época diferente, e a SERIAÇAO, avaliação de objetos encontrados juntos, mas pertencentes a épocas distintas, e, finalmente, a PALEOGRAFIA - análise comparativa do estilo de escrita encontrada em uma superfície.

O trabalho dos pesquisadores israelenses remete à Arqueologia Bíblica, ramo da ciência que se vale de objetos achados em escavações para comprovar a existência de personagens e cenários descritos nas Escrituras. Além do túnel de Siloé, ela já identificou outros fatos e objetos descritos na Bíblia, como o caixão de Tiago, o Código de Hamurabi e a existência de Pôncio Pilatos, que teria ordenado à crucificação de Jesus. As evidências estão catalogadas em museus de países como EUA, Inglaterra, Turquia e no próprio Brasil.

7 - HERODES, O GRANDE

Leitura bíblica (Mateus 2.1-19)

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Herodes morreu no ano quatro antes da nossa era, na idade de 70 anos. Segundo as Escrituras ele foi o responsável pela chacina de todas as crianças de Belém. Mais uma vez o historiador contemporâneo do senhor Jesus Cristo confirma a historia bíblica:

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"Não era um rei mais sim um tirano cruel que já reinou. Assassinou uma multidão de homens e a sorte dos que deixou com vida era tão triste que os que morreram poderiam se considerar felizes. Em suma, nos poucos anos de reinado de Herodes, os judeus sofreram mais tribulações, do que os seus antepassados no longo período de tempo que mediou entre a saída da Babilônia e o regresso sob Xerxes. Outros afirmam que em 36 anos raramente passou-se um dia sem uma execução." (Flavio Josefo).

8 - JEROBOAO I

Leitura bíblica (I Reis 14.1-20 )

Este filho de Salomão subiu ao trono no ano 930 a.C. e foi o responsável pelo cisma entre Judá e Israel. Enquanto seu irmão Roboão governava em Judá, ele governava sobre as outras dez tribos.

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Em 1925 escavações realizadas no TELL EL MUTESELLIM por Clarence S. Ficher ao extrair o III e IV extrato do terreno, parte esta, que representava o período do reino de Israel, foi descoberto dois selos dos quais, um apresentava a seguinte inscrição: "Shema, servo de Jeroboão." Assim sendo, a arqueologia veio contribuir mais uma vez para resgatar a historia do povo de Israel e consequentemente provar a autenticidade da Bíblia Sagrada e da existência dos seus personagens.

9 - JOSÉ DO EGITO

Leitura bíblica (Gênesis capítulos 37 ao 50)

José foi o filho mais novo do patriarca Jacó, este tinha 12 filhos que por sua vez foram os pais das doze tribos de Israel. A Bíblia nos diz que seus irmãos o venderam aos mercadores de escravos, pois sentiam inveja de José. Chegando como escravo no Egito, José foi trabalhar na casa de Potifar, lá, injustamente foi vitima de uma calunia e acabou indo à prisão, contudo sua sorte começou a mudar quando mais uma vez voltou a se manifestar por meio dele uma unção especial para interpretar sonhos, sabendo o rei sobre a habilidade de José chamou-o para interpretar um sonho referente às sete vacas gordas e sete vacas magras e vendo o rei que nele havia sabedoria conferiu-lhe a honra de ser um grão-vizir ou governador do Egito.

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Uma coisa intrigava os historiadores, por que não havia nenhum testemunho egípcio sobre esse governador chamado José? A resposta veio por um detalhe: Uma interrupção cronológica nas dinastias dos faraós indicava como sendo aquela à época em que José governou no Egito. Entre os anos de 1780 a 1546 a.C. foi o período em que o Egito havia sido dominado por forças estrangeiras.

As forcas estrangeiras que dominavam o Egito chamavam-se OS HICSOS. Um historiador egípcio testemunhou a derrota de seu povo, seu nome era Mâneto, ele disse que "não sei por que Deus estava distante conosco. Surgiram de improviso homens de nascimento ignorado, vindos das terras do Oriente. Impôs dominar o Egito, por fim elegeram rei um dos seus. O nome dele era Salatis, vivia em Mênfis, e impôs tributos ao alto e baixo Egito."

A maneira que a Bíblia descreve a elevação de Jose a vice-rei chega a ser de um rigor quase protocolar. "e tirou faraó o anel de sua mão e o pôs na mão de José, e o fez vestir de vestidos de linho fino, e pôs um colar de ouro no seu pescoço, e o fez subir no segundo carro." (Gêneses 41.42-43).

Assim era que os artistas egípcios representavam em murais e relevos as investiduras solenes e da mesma forma é representado o desfile público em que o primeiro carro cabia ao soberano e no segundo tomava lugar o mais alto dignitário do reino. Várias são as provas arqueológicas que localiza o reino dos Hicsos como a época do governo de José no Egito.

Primeiro, jamais um faraó egípcio iria colocar como governador "um habitante da areia" não havia algo mais desprezível para os egípcios do que os pastores de ovelhas. A própria Bíblia testifica disto dizendo: "todo pastor de ovelhas é abominação para os egípcios." (Gênesis 46.34). O grande egiptólogo americano Jamis Henry Breasted afirma: "naquela época, era bem possível que um chefe da tribo de Israel tivesse conseguido uma alta posição naquele reino." Outro dado favorável é o número abundante de funcionário com nomes semíticos, no período dos hicsos, inclusive se achou nomes como Jacob.

10 - MANAEM

Leitura bíblica (II Reis 15.17-22).

Manaem reinou em Israel de 752 a 742. Um contemporâneo seu foi o rei da assíria Tiglate-Pileser III. A Bíblia diz que Manaem deu mil talentos de prata ao rei Pul da Assíria. Este Pul era Tiglate Pileser III, nos anais dos reis da Assíria foram registrados este acordo entre os dois chefes de estado: "recebi tributo de Manaen de Samaria." (escrito por Tiglate Pileser). A arqueologia tem a finalidade de comprovar o sacro citando as escrituras profanas.

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Tiglate-Pileser III

11 - MOISÉS

A figura mais importante do Antigo Testamento sem duvida é Moisés. Nascido durando a escravidão do povo hebreu no Egito, por providencia divina acabou sendo criado pela filha do faraó, tornando-se por adoção, príncipe do Egito. Quando cresceu identificou-se com a causa do seu povo e por matar um egípcio teve que fugir. Após 40 anos refugiado no deserto de Midiã ele foi convocado por Deus e ungido com poderes sobrenaturais para liberta os hebreus. Após lançar 10 pragas sobre o reino do Egito, Moisés comandou a saída dos hebreus até chegar à fronteira da terra prometida, esta peregrinação chama-se ÊXODO.

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O nome Moisés tem raiz semítica significando "tirar de", entretanto, na língua egípcia significa simplesmente "filho"". Havia muitos nomes egípcios semelhantes ao de Moisés, tais como: Tutmés, Amásis, Tutmose etc. Um fato digno de nota na história de Moisés foi à travessia do Mar Vermelho. Alguns podem perguntar: por que Moisés em vez de se dirigir para a península do Sinai, não tomou o caminho por terra, e ao contrário, foi se bater nas bordas do Mar Vermelho? Ele desconhecia o caminho que dava do Egito a Canãa?

Não, Moisés, aliás, conhecia muito bem a estrada que ligava o Egito com a terra de Canaã. Existe um documento descoberto pelos arqueólogos que dá testemunho de uma época anterior a Moisés, trata-se do escrito de Sinuhe que viveu pelos anos 1980 a. C., portanto, quase 500 anos antes de Moisés. Neste documento já se fala das fortalezas que existiam na fronteira do Egito com a península do Sinai, estas fortalezas eram postos militares ou uma espécie de polícia de fronteira para impedir à fuga de escravos como também a invasão de estrangeiros.

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Werner Keller no seu livro "e a Bíblia tinha razão..." diz na pagina 82: "Uma tentativa para sair à força seria brutalmente impedida pelos hábeis arqueiros e pelas tropas de ligeiros carros de guerras. Foi por essa razão que o profeta (Moisés) PERFEITO CONHECEDOR do país, escolheu um caminho completamente desusado. Moisés conduziu os filhos de Israel para o sul, até o mar Vermelho, onde não existia muralha."

A figura de Moisés foi tão importante para a humanidade que muitas editoras quando publicam a biografia de grandes personagens da historia raramente Moisés deixa de contar entres os primeiros. Não crer na existência histórica de Moisés é desconhecer a historia e negar as raízes culturais dos judeus, cristãos e mulçumanos. Na melhor das hipóteses é ignorância e na pior é a tentativa louca de negar o inegável.

12 - NABONIDOR

Leitura Bíblica (Daniel 5.29).

A Bíblia só cita a figura de Nabonidor de maneira bem discreta: "pois sendo Belsazar o segundo no reino da Babilônia." Sabe-se pela história secular que o primeiro do reino era Nabonidor, pai de Belsazar. Nabonidor além de rei foi um arqueólogo, os registros babilônios dizem que ele mandou reconstruir a estrutura da cidade de Ur de acordo com a sua forma original, com argamassa e tijolos queimados.

Monografias.com Cilindro com inscrições de Nabonidor.

13 - NABUCODONOSOR

Leitura Bíblica (II Reis 24 e 25, Livros de Daniel e Jeremias e II Crônicas 36.5-21).

Em 1899 a Sociedade Oriental Alemã organizou uma expedição nas ruínas de BABIL, no Eufrates, sob a direção do arquiteto Robert Keldewey. Deste trabalho foram resgatados os jardins suspensos da Babilônia, a torre de Babel, e no palácio de Nabucodonosor, na porta de Istar, descobriu-se inúmeras inscrições.

Este rei, segundo o profeta Daniel foi o maior de todos os reis da Terra (Daniel 2.37-38). Em Jeremias 29.5 e 7 os hebreus foram exortados a submeterem-se ao rei da Babilônia, e realmente aqueles que seguiram seus conselhos se deram bem. Lá os judeus não tiveram que trabalhar em serviços forçados como no Egito. Aliás, as tabuinhas de barro testemunham a prosperidade que eles tiveram, uma delas documentava sobre a empresa MURASHU & FILHOS – GRANDE BANCO INTERNACIONAL. Os historiadores apontam o período da deportação dos judeus para a Babilônia como o marco da entrada destes nos negócios bancários e que se manteve como tradição até os dias modernos.

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Certo livro de história apresentava Nabucodonosor assim: "Nabucodonosor (604-561 a.C.) – Foi o mais celebre soberano dos caldeus. Estendeu as fronteiras do império até o Egito. Aniquilou os fenícios. Subjugou os hebreus, levando-os como cativos para a Babilônia. No seu reinado, Babilônia recebeu o título de RAINHA DA ÁSIA. Depois da sua morte o império Caldeu declinou."

14 - NOÉ

Leitura Bíblica: Gênesis capítulo 6 ao 10.

Toda tradição antiga liga todos os povos em um só ponto: O dilúvio. O mundo anterior a Noé é misterioso e confuso, a própria ciência parece nebulosa em desvendar claramente sobre este passado distante, mas uma coisa é certa, Noé foi testemunha desta mudança. Além da Bíblia outro importante documento histórico que relata a história do dilúvio foi um escrito assírio chamado A EPOPÉIA DE GILGAMESH.

A epopeia de Gilgamesh foi escrita em trezentas estrofes gravada em 12 tabuinhas, chega a ser fantástico a semelhança com a narrativa bíblica. Nesta versão do dilúvio, Noé chama-se Utanipstim e toda a narrativa concorda com os pontos centrais da Bíblia, tais como a catástrofe que destrói toda a espécie humana. Inclusive fala-se de uns seres que são nada mais nada menos do que os anjos que caíram em relações sexuais com as filhas dos homens (Gênesis 6.15), ou seja, os anjos materializados e que eram gigantes.

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Um trecho da epopeia diz assim: "Os deuses da Mesopotâmia enchem-se de terror ante a inundação e foram para o céu mais alto do deus Anu. Antes de entrarem lá, agacharam-se como cães. Estão aflitos e abalados pela catástrofe e protestam humilhados e chorosos."

Segundo o Dr. Aaron Smith, historiador e missionário americano, existem 80.000 obras literárias em 72 línguas que falam sobre o dilúvio. Cientistas, geólogos e especialistas dizem haver evidências de uma grande inundação em todo o mundo, mas principalmente na Mesopotâmia, por essas e muitas outras provas, nós aceitamos sem nenhum constrangimento o dilúvio bem como a existência do principal personagem deste acontecimento: NOÉ.

15 - PAULO, O APÓSTOLO

Paulo era judeu com cidadania romana, natural de Tarso, cidade que nos dizeres de Paulo "não era pouco célebre" (Atos 21.39). Na verdade Tarso era uma metrópole, uma inscrição antiga a chamava de "a grande e esplêndida metrópole da Cicília". Esta cidade ficava aos pés das montanhas do Tauro, no sul da Turquia.

O geógrafo grego Estrabão (63 a. C. a 20 d.C.) refere-se a uma academia de Tarso como sendo tão importante como de Atenas e Alexandria, os centros intelectuais do mundo antigo.

Em Atos 13.14 diz que Paulo e Barnabé pregou em uma cidade chamada Antioquia da Psídia, entretanto, esta cidade desapareceu do mapa por muitos séculos, até que em 1833 Francis V. J. Arandell, capelão inglês de Smirna descobriu-a perto da cidade turca de Jalobatach.

Em Atos 16.12-15 diz que Paulo converteu em Filipos, à beira de um rio, uma mulher por nome de Lídia. Os arqueólogos franceses foram os que descobriram esta colônia romana e o nome daquele rio na qual Paulo esteve na beira chama-se Gangites. Só citamos estas duas cidades pela qual Paulo passou com a finalidade de provar a autenticidade do "pano de fundo" das viagens missionárias de Paulo. Aliás, um rastreamento arqueológico nos deixa impressionado com a veracidade das Escrituras quando ela fala de certos detalhes históricos e culturais.

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Na cidade de Corinto Paulo acabou tendo problemas com os judeus e foi parar nos tribunais e neste ponto a Bíblia refere-se a Gálio, proconsul da região de Acaia (Peloponeso). Este Gálio de Atos 18.12 era o irmão do filósofo Lucio Aneu Sêneca e o seu nome completo era LUCIUS JUNIUS ANNAEUS NOVATUS GALILIO. Uma certa carta encontrada na antiga Delfos dizia:

"Como escreveu meu amigo e procônsul de Acaia, Lúcio Junio Gálio [...] o imperador Cláudio."

Como podemos ver, as Escrituras Sagradas são fiéis até nos detalhes. Outro detalhe a respeito de Paulo é que ele morreu degolado pela espada e não crucificado como outros apóstolos. Cidadão romano não podia ser crucificado já que era uma morte desprezível que nenhum romano era digno de ser submetido.

16 - PONCIO PILATOS

Jesus foi condenado à morte pelo concílio dos judeus, porém somente o procurador romano da Judéia podia autorizar a sentença. Este procurador chamava-se Pôncio Pilatos (Lucas 23.4 e João 19.13). Pilatos, segundo os historiadores, seus contemporâneos, foi descrito assim:

"ele era cruel, a sua frieza de coração não conhecia a misericórdia. Às execuções sem processos legais eram cruéis e sem limites." (Fílon de Alexandria, 25 a.C. a 50 d.C.)

Pilatos odiava os judeus por isso pensou em libertar Jesus (Lucas 23.4), contudo os judeus ameaçaram em informar o imperador a respeito da decisão de Pilatos caso ele libertasse um homem que "fazia-se rei", isso foi o suficiente para fazer Pilatos recuar (João 19.12-16).

Pilatos estava por este tempo com o seu prestígio abalado em Roma devido uma intriga que ele arrumou com os judeus por causa de um escudo que ele colocou em Jerusalém e que para os judeus era uma abominação. O próprio imperador Tibério ordenou que ele tirasse o escudo da cidade, portanto Pilatos não seguia fielmente os princípios da política colonial romana de respeitar as religiões dos povos conquistados.

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Pedra com inscrição contendo o nome de Pôncio Pilatos

17 - RAINHA DE SABÁ

Leitura bíblica: I Reis 10.1-13.

A rainha ou reino de Sabá estava associado à lendária cidade de Marib até que neste século XX alemães e americanos trouxeram à luz finalmente provas definitivas da existência do reino de Sabá e da cidade de Marib, sua capital. Pouco a pouco os documentos antigos confirmaram a existência deste reino.

Um documento assírio do século VIII antes de Cristo menciona Sabá e um comércio intenso que se fazia com o povo desta terra. O alcorão, livro sagrado dos muçulmanos, faz menção ao reino de Sabá: "o povo de Sabá [...] tinha belos jardins onde floresciam os mais deliciosos frutos."

O professor W. F. Albright deu o seguinte parecer após as várias expedições quando voltaram do país do Iêmen: "Esses resultados demonstram a primazia cultural e política de Sabá nos primeiros séculos depois do ano 1000 a.C."

Os motivos que levaram a rainha de Sabá a visitar Salomão são bem definidos pelo escritor alemão Werner Keller: "A rainha de Sabá deve ter incluído no seu programa muitas questões a serem tratadas. O chefe de um país cujas exportações principais tinham, por motivos geográficos, de passar obrigatoriamente por Israel, devia ter, com efeito, muitas coisas a tratar com o rei deste último. Atualmente designaríamos um assunto semelhante a NEGÓCIOS DE NATUREZA ECONOMICA."

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Só uma questão ainda não ficou completamente esclarecida. Até então não existe nenhuma documentação que assegura que uma mulher tenha reinado em Sabá. Entretanto não se estranharia se em breve alguma descoberta arqueológica nos traga este elo, pois até o Egito já teve mulheres no trono, uma foi Hatshepsut e a outra foi Tewosre. Em Israel havia em tempos remotos uma juíza que chefiou o exército, chamada Débora. Outra explicação cabível é que a mencionada "rainha de Sabá" tenha sido uma representante diplomática do seu país que inclusive em sua bagagem levava presentes reais para o rei Salomão.

Resta-nos dizer que existe uma tradição judaica que afirma ter a rainha de Sabá ficado grávida de Salomão dando origem aos judeus negros do norte da África. Para quem teve mil mulheres como Salomão há muita probabilidade desta tradição estar certa (I Reis 11.3; Cantares 6.8).

18 - SALOMAO

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Leitura bíblica: (I Reis capítulos 2 ao 11).

Salomão foi um rei que segundo a Bíblia recebeu de Deus o dom da sabedoria e este rei havia pedido a Deus tal dom com a finalidade de governar o povo. De fato Salomão foi o rei mais sábio que Israel teve, não somente o mais sábio, como também o rei mais rico. Werner Keller comenta sobre Salomão dizendo:

"Salomão era um soberano extraordinariamente progressista. Ele possuía a arte verdadeiramente genial de atrair para o seu serviço peritos e especialistas estrangeiros. Está aí o segredo do desenvolvimento súbito e rápido."

Escavações feitas no TELL EL-HESI, Hazor e Megido mostram que não são exageradas as declarações sobre as frotas de carros e cavalos que o reino de Israel possuía conforme I Reis 9.15; 10.26.

I Reis 10.29 está escrito que Salomão mantinha relações comerciais com os heteus e os sírios e apesar do reino dos heteus (hititas) terem se extinguido em tempos anteriores. Em 1945 o alemão T. Th. Bossart descobriu evidências de que pequenos países remanescentes do antigo reino hitita ainda existiam no tempo de Salomão.

O reino de Salomão também foi caracterizado pela paz que imperou em todo seu domínio. Como prova de amizade entre chefes de Estado, era corriqueiro um rei dar a filha em casamento a outro rei. Salomão só queria PAZ. Esta paz, contudo, custou caro, Salomão acabou se envolvendo com os costumes e religiões das suas centenas de esposas e só para "agradar ao meu benzinho" ele acabou se desviando dos caminhos de Javé Deus (I Reis 11.1-4).

19 - SENAQUERIBE

Leitura Bíblica (II Reis 18 e 19)

Senaqueribe foi um dos principais monarcas da Assíria, cujo povo era cruel e voltado para as atividades militares. Um fato inédito na historia foi que um anjo de Deus matou 185.000 soldados de Senaqueribe em apenas uma noite. Os textos assírios quando falam desse acontecimento simplesmente não comentam nada! Falam do sitiamento a cidade de Jerusalém e não dando sequência aos fatos pulam esta parte e contam sobre o tributo que recebeu mais tarde do rei Ezequias.

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Este comportamento era de se esperar de um povo guerreiro que não queria manter nos seus anais uma derrota tão humilhante. Quanto à maneira como ele morreu, assassinado pelos seus parentes, também a arqueologia nos auxilia conforme Asaradão, sucessor de Senaqueribe deixou escrito "Eles se insurgiram. Querendo exercer a soberania real, mataram Senaqueribe..." Com estas palavras Asaradão confirma que foram os seus irmãos que mataram Senaqueribe, seu pai, o que prova a autenticidade do relato bíblico em II Reis 19.36-37.

36 Então Senaqueribe, rei da Assíria, partiu, e se foi, e voltou e ficou em Nínive. 37 E sucedeu que, estando ele prostrado na casa de Nisroque, seu deus, Adrameleque e Sarezer, seus filhos, o feriram à espada; porém eles escaparam para a terra de Ararate; e Esar-Hadom, seu filho, reinou em seu lugar.

20 - SÉRGIO PAULO

Leitura Bíblica (Atos 13.7).

Sérgio Paulo, segundo as Escrituras, foi um proconsul romano na ilha de Chipre, na cidade de Pafos. Sérgio muito se interessou pela mensagem pregada pelo apostolo Paulo. No século XIX o professor inglês Jr. Sitlington Sterett em pesquisas na ilha de Chipre achou uma inscrição romana que mencionava o nome do proconsul Sérgio Paulo. Isto serve mais uma vez para comprovar a autenticidade da Bíblia.

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Ilha de Chipre, no Mar Mediterrâneo.
III – CIDADES BÍBLICAS

Poucas são as cidades que foram citadas na Bíblia e que ainda hoje são habitadas. A sua imensa maioria não passa de ruínas, novas cidades foram construídas e mesmo as dos tempos bíblicos tem hoje a sua parte nova e moderna enquanto que a parte antiga é ponto turístico e tombado como patrimônio cultural da humanidade. De qualquer maneira para nós, os cristãos é sumamente importante saber que a Bíblia é autentica historicamente ao contrário do que afirmam os incrédulos que em sua maioria nunca leu o GLORIOSO LIVRO DE DEUS.

1- BETE-SA

A cidade de Bete-Sa foi onde o rei Saul teve o seu corpo pendurado no muro da cidade. A setenta quilômetros de Capoa ergue-se a colina de ruínas de TELL EL-HUSN onde nas encostas norte e sul achava-se BETE-SA

2 – CAFARNAUM

Jesus operou tantas maravilhas em Cafarnaum que Mateus chamou-a de "sua cidade" (Mateus 9.1). Foram os arqueólogos H. Kohl e C. Watzinger que descobriram sob os escombros os restos esmiuçados de uma magnífica sinagoga, ambos creram ter encontrado a sinagoga que Jesus pregava aos sábados (Marcos 1.21), mas outros acham que esta sinagoga foi construída no ano 200 da nossa era sobre os alicerces daquela em que Jesus costumava pregar. Cafarnaum está localizada junto ao lago de Genezaré.

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Ruínas de uma sinagoga em Cafarnaum

3 - CORINTO

Corinto foi conhecida na antiguidade como uma cidade de grande importância econômica. Ela serviu de intercambio entre o Oriente e a Europa. Em 1895 a American School of Classical Studies empreendeu a tarefa de procurar o local exato deste centro comercial. Finalmente os trabalhos não foram em vão, ao lado oeste da Via Lechaeum foram descobertos os escombros das lojas. Uma inscrição achada neste local datada da época do imperador Augusto, falava de um mercado de carne que havia em Corinto. Neste caso a Arqueologia serviu para provar que em Corinto realmente havia um mercado de carne ou açougue, conforme I Coríntios 10.25.

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Corinto.

4 - DAMASCO

Nome de uma cidade da Síria situada no planalto regado pelos rios Ábana e Farfar (II Reis 5.12). Três grandes estradas dirigem-se para Damasco, uma vem do Mediterrâneo outra da Arábia e outra do Egito. Em Atos 9.24-25 fala-se de uma Rua chamada Direita e que hoje é perfeitamente reconhecida.

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Esta rua tem cerca de três quilômetros e meio e passo pelo centro da cidade na direção nordeste para sudoeste hoje é rua pobre, mas no tempo do apóstolo Paulo era avenida suntuosa. Na porta ocidental há um portão de 12 metros de altura que, aliás, foi uma obra dos romanos.

5 - DERBE

Cidade citada na Bíblia em Atos 16.1,6; 20.4 hoje não é mais habitada e não passa de uma ruína, foi descoberta pelo professor Ramsay e Sterrett em Zosta a 6 quilômetros a sudeste de Icônio na estrada que vai da Cilicia Traquéia por Laranda em direção a Icônio.

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6 - JERICÓ

A primeira vez que ela é citada na Bíblia é em Números 22.1. A arqueóloga Kathleen declarou ser Jericó a cidade mais antiga do mundo. A colina onde se acham às ruínas de Jericó chama-se TELL ESSULTAN. Os descobridores foram os dois chefes de expedição austro-alemã, professor Ernst Sellin e Carl Watzinger. O que trouxe mais polêmica foi às famosas muralhas derrubadas pelo poder sobrenatural de Deus. Sabe-se hoje que as muralhas foram derrubadas e reconstruídas cerca de 17 vezes. Com certeza uma dessas vezes foi por ocasião da conquista de Josué quando mandou espias (Josué 2.1-14).

Sellin e Watzinger afirma que foi a muralha fortificada exterior que caiu nas mãos de Josué no ano 1200 a. C. Garstang publicou tempos mais tarde que o cinturão interno da cidade de Jericó foi destruído em 1400 a.C. O arqueólogo Hughes Vicent, um dos escavadores de maior êxito em Jerusalém, chegou à conclusão que as muralhas caíram por volta de 1250 a.C. Quanto ao detalhe da data exata não é de grande importância, o importante para nós é sabermos que havia uma cidade chamada Jericó e que havia as famosas muralhas e que estas muralhas caíram por ocasião da invasão dos filhos de Israel em Canaã.

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Muralhas de Jericó.

7 - JERUSALÉM

Foi o capitão inglês Warrem que descobriu como Jerusalém foi parar nas mãos do rei Davi, porque, até então, o significado de II Samuel 5.8 ainda era misterioso. Lutero traduziu a palavra hebraica "sinnor" por goteira, mas que posteriormente foi melhor traduzido por "canal". Entretanto, onde ficava este canal que ligava o interior de Jerusalém com a parte exterior fora da muralha? Em 1867 o capitão Warrem visitou a famosa fonte da virgem e notou que havia um buraco escuro, poucos metros acima do lugar onde brotava a água. Alguns anos depois o inglês Parker, em1916, enviado pela Palestine Exploration Fund concluiu que o canal havia sido construído pelos habitantes de Jerusalém para que, quando sitiados pudessem chegar sem perigo à fonte vital.

Um problema ainda ficou pendente é que, mesmo que os soldados de Davi passassem pelo canal, eles ainda estavam fora da cidade. Mas finalmente na década de 60 Kathleen M. Kenyon após várias escavações descobriu uma muralha bem mais antiga. Assim os homens de Davi que passaram pelo acesso ao poço não se encontraram diante, mas um bom trecho atrás da muralha de Jerusalém e, portanto, dentro da cidade.

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Jerusalém sem duvida é um das cidades mais importantes do mundo, não somente nos dias de hoje como também em todos os tempos. Herodes Agripa I quando escreveu uma carta ao imperador Calígula disse: "Jerusalém não é só a capital da Judéia, mas também da maioria dos países do mundo, em virtude das colônias que no devido tempo enviou para países vizinhos."

8 – LÁQUIS

Láquis foi conquistada por Josué (Josué 10.3-35) e fez parte ativa na história de Israel até que Senaqueribe sitiou a cidade e fez uma verdadeira chacina. O testemunho histórico deste ataque que Senaqueribe fez sobre as cidades de Judá (II Reis 18.13) e principalmente a cidade de Láquis está detalhadamente gravado em relevo e conserva-se até hoje no Museu Britânico de Londres. Escavações recentes tem posto a descoberta a muralha da antiga cidade. A localização desta cidade foi assinalada em TELL EL-HESY, a uns trinta quilômetros a nordeste de Gaza ou TELL ED-DUWEIR e 24 quilômetros a oeste de Hebrom.

"Em uma cova no declive noroeste do monte continha ossos de pelo menos 1500 corpos humanos misturados à cerâmica quebrada [...]. Estes podem ter sido corpos levados para fora da cidade pelos vitoriosos assírios." (Wycliffe, 2007)

9 – LICAONIA

11 E as multidões, vendo o que Paulo fizera, levantaram a sua voz, dizendo em língua licaônica: Fizeram-se os deuses semelhantes aos homens, e desceram até nós. (Atos 14.11)

Licaônia tinha um dialeto peculiar, possivelmente uma mistura de grego com siríaco. Localiza-se a cem quilômetros de Antioquia, e é atualmente a principal estação da estrada de ferro de Anatólia, hoje chama-se KONYA.
Partes: 1, 2, 3


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